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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O que um candidato não faz por um voto...


Ontem no interior do ônibus Circular 1, por volta das 6 e meia da noite, o candidato a vereador Trajano, do PSDB, distribuia seus santinhos entre os passageiros. Corria o ônibus todo e depois de entregar a uma passageira, deu vontade de entregar mais.

"Aproveite, leve outro para seu pai", ao que a senhora respondeu que não tinha mais pai; ele já havia morrido. "Leve então para sua mãe", insistiu. A mãe, também, tinha morrido. "Para o seu marido, então!". E como resposta ouviu também que o marido havia, como dizem os espíritas, de-sen-car-na-do.

O candidato ficou com a cara mexendo, mas aí não entregou os pontos. "Bem, então vamos aproveitar e vamos rezar por essas almas todas". E em voz alta começou a rezar uma Ave Maria. Dentro do ônibus... superlotado.

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