Translate

terça-feira, 23 de julho de 2013

NOMES. Hoje foi Dominguinhos que saiu do ar

.

Um homem, um menino

que do sertão de Pernambuco amanheceu

correndo no meio do mato, pegando passarinho em gaiola, andando com os pés descalços na chuva - quando chovia no sertão - e a família corria para o alpendre da casa para debulhar o milho, cantar cantigas de Gonzaga e Teixeira - e lá estava o pequeno Domingos se entretendo com uma sanfoninha.

Era os primeiros acordes de quem acordaria para a música, cuja alma já tinha traçado em suas linhas as pautas da música que, naturalmente, trouxera.

Dominguinhos cresceu, virou homem, cantou o Nordeste de onde nunca tirou os pés

andou em meio a poesia de sua gente nordestina, como a bater na porta do coração nordestino e pedir um copo dágua pra beber.

Dominguinhos fez-se homem e mostrou o encanto do talento inspirado nas coisas de sua gente.

E ao lado de tantos talentos contou e cantou emoções que só Gonzaga poeria mesmo ser rei.

Dominguinhos se foi. Mudou de dimensão do som, pra dimensão da luz.

Pegou a sanfona e deve estar batendo agora na porta do céu, tocando pra São Pedro acordar e abrir a entrada dos grandes músicos talentosos que se reunem num conservatório celestial, de onde os sons saem engrandecidos pela grandeza de almas assim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabenizo, o Nonato Albuquerque que somos fãs incondicional de vossa pessoa, pelo programa Tribuna News que hoje 24/07/2013 fez uma belíssima homenagem ao eterno Dominguinhos.
Disponibilize se possível o áudio do referido, é um acervo vivo e raro do mesmo.
Abraços
Régio & Soraya Iguatu-CE