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domingo, 29 de julho de 2012

MEMÓRIA. A arte das fotografias retocadas

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Nesses tempos de máquinas fotográficas embutidas em tudo que é celular, ninguém nem se lembra da popular arte da pintura em fotografias. Ela prevaleceu durante todo o século passado até o início dos anos 80. Era muito comum aqui no Nordeste.




As famílias mandavam colorizar retratos em branco e preto, cujo resultado era possível de se ver depois expostos nas salas de visita das residências nordestinas. Até o cineasta cearense Joe Pimentel fez um documentário - belíssimo - sobre o tema.  

Tinha uma pessoa que passava pelas aldeias remotas, pegava fotos - às vezes, 3x4 - e as conduzia para retocá-las na capital. Geralmente, uma mão pesada dava um retoque nas imagens que chegavam a transformar  as pessoas da família com aparência de ricas, saudáveis ​​e bonitas ... até os mortos.
Tem um livro do historiador Titus Riedl que coleciona uma porção delas e conta a história curiosa desses Retratos Pintados
Será que ainda existe alguém que faça esse tipo de arte?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

REVISTA. Outra "Nordeste" é lançada no CE



Recebo convite para lançamento da revista Nordeste_Brasil, nesta quarta na Kangalha. À primeira vista, pensei fosse da excelente Nordeste21. Ledo engano. Imaginei a Nordeste, editada em João Pessoa, na PB. Também, não. É uma nova Nordeste. Tem a pretensão de ser "direcionada as comunidades brasileiras na Europa e Canadá".

Fui ver a edição. É mais para quem curte o gênero forró, as fotos de baladas e a curtição de baladeiros. Mas a danada já chega com uma força incrível: tem tanta publicidade [ forma engenhosa de se ganhar dinheiro ], que as matérias acabam sendo meras protagonistas ao longo de suas 98 páginas.

Pra o governo de vocês, contei 65 páginas, tudo de propaganda. Tem matérias de administrações públicas do interior que, imagino, devam passar pelo tilintar das registradoras - o que já deve pagar a publicação. Isso não invalida a qualidade do produto ao público que é destinado.

Só acho que, nesses tempos de redes sociais, onde tudo é editado ao máximo e onde os novos caminhos do jornalismo indicam textos leves, curtos e envolventes - escrever matérias longas e botar ilustrações em demasia podem comprometer a leitura. Vide a matéria especial: tem seis páginas. Nelas, nove fotos do entrevistado que deve ser um sanfoneiro pra lá de bom. Pelo menos é o que ele deve provar aos seus fãs que tiverem saco de ler aquele tijolão todo.